|
Escutar o texto
 |
Boas práticas financeiras são cruciais para que negócios consigam se desenvolver saudavelmente mesmo em períodos econômicos difíceis, como na crise da pandemia do coronavírus. De nada adiantaria ter uma ampla carteira de clientes se a empresa não consegue manter suas contas equilibradas, pois ela ainda corre o risco de fechar suas portas.
Esse tema é relevante para negócios de qualquer ramo e porte, incluindo escritórios de profissionais autônomos, como os de advocacia. Trouxemos este material que lista e explica as 4 melhores dicas para melhorar a gestão das finanças corporativas.
1. Priorizar o capital de giro
De forma geral, as boas práticas financeiras objetivam garantir o capital de giro a longo prazo, seja em períodos otimistas ou pessimistas. Por isso, é fundamental considerar os montantes mensais destinados às atividades do negócio.
Além de manter atenção aos valores mensais, é importante calcular os pagamentos que devem ser realizados no final do ano, exemplos deles são tributos — como o IRPJ —, renovação de contratos anuais, taxas anuais de licença para funcionamento, entre outros.
Outra tática relevante é usar parte do capital de giro para montar uma reserva para emergências, que será usada para manter as atividades da empresa durante um período em que ela está enfrentando um período de dificuldades financeiras.
2. Realizar previsões de faturamento
Prever o faturamento (ou receita bruta) consiste em antecipar o montante financeiro em um período futuro. Algumas etapas necessárias para realizar essa projeção são:
- decidir o período abrangido pela projeção, que pode ser os próximos 3, 6 ou 12 meses, por exemplo;
- analisar o faturamento dos períodos passados, assim você sabe se a receita está em queda ou crescimento, bem como quais são as datas em que ela aumenta ou reduz;
- estudar o comportamento do público em relação a cada serviço prestado, incluindo aspectos como nível de satisfação em cada um deles, taxa de retenção, entre outros indicadores;
- estimar o número de unidades que serão vendidas em cada mês e multiplicar o valor dos serviços pelo número.
3. Dar atenção à precificação dos serviços
Até mesmo os escritórios ou empresas mais experientes precificam seus serviços erroneamente, o que também prejudica suas finanças a longo prazo. A precificação correta de um serviço deve feita considerando três etapas:
- custo e valor: são calculados os custos dos materiais, o valor de cada hora trabalhada e as despesas fixas;
- markup: esse é um índice multiplicador aplicado sobre o custo de um produto ou serviço. Basicamente, ele consiste na soma da margem de lucro ao custo unitário do serviço;
- concorrência: deve-se considerar a concorrência. Nessa fase também é importante estudar quais são os diferenciais que justificam os valores cobrados pelos concorrentes.
Também é necessário conhecer e evitar as falhas mais comuns na precificação, algumas delas são cobrar preços abaixo ou acima do justo, não atualizar valores à inflação, deixar de criar um diferencial que justifique um valor acima da média, entre outros.
4. Organize os investimentos
Quando o negócio é lucrativo, seus gestores devem planejar quais serão os projetos para desenvolver o negócio. Esses investimentos podem ser abrir novas unidades, criar uma franquia, modernizar as atividades, expandir a equipe ou investir em pós-graduações para qualificar os profissionais.
Para saber qual projeto será mais vantajoso, é importante analisar as forças, as fraquezas, oportunidades ou riscos do negócio (fazer uma análise SWOT), bem como estudar e gerenciar individualmente os riscos de cada investimento.
Negócios que deixam de aplicar as boas práticas financeiras podem ter a impressão de que o negócio está indo bem, mas arcar com prejuízos no final do período ou sofrer com redução do faturamento ao longo dos anos. Por outro lado, ao aplicar as nossas dicas, você conseguirá garantir a prosperidade financeira da sua empresa.
Quer saber mais sobre a gestão da sua empresa? Confira este artigo sobre Governança Corporativa.
