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O ambiente corporativo envolve um grande número de tomadas de decisão, onde cada uma delas necessita de uma análise criteriosa. Mesmo as ações que representam oportunidades de negócio apresentam riscos para o meio empresarial. Por isso, é cada vez mais comum que as empresas adotem novos protocolos de segurança. Nesse cenário de avaliação de riscos surgiu a Due Diligence.
Mas, você sabe o que é essa estratégia? Trata-se de um termo em inglês que significa “diligência prévia” e visa auxiliar nas decisões que envolvem maior risco para a corporação. Por isso, é um processo que ocorre antes da tomada de decisão.
Ficou interessado no assunto? Continue a leitura e saiba como funciona a Due Diligence e em quais negócios ela pode ser aplicada.
O que é Due Diligence?
Segundo o dicionário, diligência é a investigação sobre algo ou alguém, mas também é ter cuidado na realização de algo. Com base nessa definição, temos o significado da Due Diligence: ação de investigar cuidadosamente determinado negócio com o objetivo de analisar se as informações passadas são verdadeiras e coerentes com os interesses da empresa.
Desse modo, trata-se de uma prática de investigação adotada por empresas em determinadas negociações comerciais para verificar e avaliar a parceira alvo da negociação. Ao analisar se o (futuro) parceiro comercial está em acordo com as políticas e normas internas e externas (leis e normas reguladoras), a diligência prévia oferece informações sobre cenários de risco, dando suporte à tomada de decisão.
Como é o processo de Due Diligence?
Primeiramente, cabe destacar que a Due Diligence costuma envolver informações jurídicas, financeiras e tributárias. Por isso, frequentemente, envolve uma equipe multidisciplinar — advogados, contadores, administradores, economistas, entre outros. O processo de diligência prévia é realizado em diferentes etapas:
- exame interno e definição estratégica: após observação inicial é criado um esquema estrutural da empresa, apontando as características que serão analisadas;
- coleta de documentos e levantamento de dados: consulta aos órgãos públicos municipais, estaduais e federais, além da análise dos documentos financeiros, econômicos, operacionais e jurídicos;
- elaboração do relatório e entrega do plano de ação: informa o solicitante dos riscos e indica meios para minimizá-los.
Quais são as principais aplicações do processo de Due Diligence?
Como vimos, o objetivo da diligência prévia é minimizar os riscos de uma transação por meio da obtenção de múltiplas informações. Por isso, é um procedimento tão importante no meio corporativo. Afinal, trata-se de um ambiente que envolve muitas negociações. Assim, a Due Diligence tem diversas aplicações, dentre as quais podemos citar:
- contratações de fornecedores;
- fusões e aquisições;
- desenvolvimento estratégico;
- viabilidade de novos produtos;
- parcerias de entidades corporativas;
- compra e venda de produtos ou serviços, entre outros.
Qual é a relação entre Due Diligence e Compliance?
A Due Diligence é uma ferramenta de grande importância, pois afeta a gestão do negócio de modo bastante abrangente. Trata-se de um processo que se relaciona intrinsecamente com o Compliance.
Afinal, cabe à diligência prévia verificar se a atuação da empresa está em conformidade com a legislação, as regulamentações e as normas as quais ela deve se submeter. Ademais, a Lei Anticorrupção estabeleceu a Due Diligence entre os pilares do Compliance, tornado essa uma etapa obrigatória do programa.
Como vimos, a diligência prévia pode usada em qualquer relação comercial. Devido ao seu papel fundamental para uma visão ampla do negócio, é uma oportunidade profissional de destaque para os advogados. Agora que você já sabe o que é Due Diligence, é fundamental buscar os meios necessários para aplicá-la.
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