O que é reestruturação empresarial e quando precisa ser feita

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Nenhuma empresa — por mais bem administrada que seja — está isenta de atravessar situações de crise, como dificuldades financeiras, redução da lucratividade, queda nos níveis de produtividade etc. Em cenários como esses, quanto os resultados alcançados já não são mais os mesmos, é o momento de conduzir uma reestruturação empresarial.

Em termos simples, esse processo envolve uma espécie de reorganização. No contexto corporativo, trata-se da adoção de práticas inovadoras e políticas novas, da análise da performance dos profissionais que integram o quadro de pessoal, do estudo do mercado de atuação e até da avaliação das possibilidades de explorar segmentos diferentes.

Neste post, vamos explicar mais detalhadamente do que se trata a reestruturação empresarial, em quais circunstâncias é recomendável, entre outros pontos igualmente relevantes. Boa leitura!

Quais são as etapas do processo de reestruturação empresarial?

Em geral, os estágios do processo de reestruturação empresarial até podem sofrer variações, mas a estrutura permanece bastante semelhante. Assim, na primeira etapa — quando o foco é a situação de deterioração —, análises são conduzidas para identificar a crise, os seus sintomas, as causas associadas e o nível de severidade.

Já a segunda etapa envolve tanto a análise quanto a formulação do plano de reestruturação, que abrange os âmbitos financeiro, estratégico e operacional. No terceiro estágio — de emergência e estabilização —, é hora de agir em prol da superação das principais razões por trás da redução da eficiência operacional, restabelecendo a liquidez do negócio. Essa fase inclui:

  • a diminuição das despesas e dos custos, com a comercialização de ativos não operacionais e dispensáveis à operação;
  • o aumento da qualidade das vendas com o abandono de mercados, clientes e produtos deficitários.

A quarta (e última) etapa apresenta duas opções distintas: um reposicionamento estratégico — caso a crise enfrentada tenha origem externa — ou a manutenção da estratégia — se a dificuldade não for proveniente do mercado.

Quais são os principais tipos?

É necessário destacar que existem diversos tipos de reestruturação empresarial, mas é possível elencar os quatro principais, a saber:

  1. reestruturação financeira — que, normalmente, ocorre quando a empresa tem um grande número de dívidas acumuladas e/ou sofreu uma expressiva queda nas suas vendas, por exemplo, seja por conta da sazonalidade, seja em razão de uma recessão econômica de âmbito nacional, seja pela redução do branding da marca etc.;
  2. reestruturação tecnológica — que é fundamental para a identificação de aspectos tecnológicos que poderiam ser melhorados, implicando, por exemplo, a automatização de determinadas atividades manuais e a contratação de profissionais de tecnologia especializados;
  3. reestruturação estratégica — que visa a avaliar tanto os pontos negativos quanto os pontos positivos do negócio, identificando eventuais falhas para repará-las;
  4. reestruturação geral — que envolve todos os departamentos corporativos, sendo, em regra, a mais indicada, já que nenhum setor é tão autônomo a ponto de trabalhar sozinho, sem sofrer influência dos demais.

Em quais situações a reestruturação empresarial pode ser implementada em uma empresa?

Resumidamente, a reestruturação empresarial passa a ser cogitada quando o empreendimento chega a um determinado momento em que o seu desenvolvimento precisa ser reavaliado. Nesse caso, existem alguns “sintomas” perceptíveis, como a diminuição do potencial competitivo, a ineficiência das atividades financeiras etc.

Ou seja, esse processo é indicado quando a empresa começa a buscar mudanças que a mantenham “forte” no mercado, consequentemente, melhorando os próprios resultados e elevando a lucratividade. Como exemplos, podemos citar os seguintes cenários:

  • redução do Market Share;
  • perda de clientes para a concorrência;
  • alteração do nicho de atuação;
  • excesso de pessoal — quando há muitos colaboradores exercendo funções que poderiam ser executadas por um menor número de pessoas;
  • mudanças na administração empresarial etc.

Nessas e em outras circunstâncias semelhantes, havendo a necessidade de reorganizar a empresa, é interessante contar com um advogado, que poderá atuar em frentes diversas, por exemplo, em ações de recuperação judicial/extrajudicial, na representação em assembleias de credores, nos planejamentos tributário, financeiro e societário, entre outras matrizes. Assim, todo o processo será conduzido com mais assertividade e de modo menos complexo.

Como vimos, a reestruturação empresarial pode se revelar a melhor alternativa para contornar possíveis crises e, consequentemente, melhorar a performance organizacional. Assim, torna-se possível conduzir os negócios de modo mais rentável, eliminando os fatores que vêm impactando negativamente os resultados.

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