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Em 14 de março de 2023, a empresa OpenAI, criadora do ChatGPT, anunciou que sua nova inteligência artificial, o GPT-4, obteve pontuação exemplar no Uniform Bar Exam dos EUA, equivalente ao Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Em experimento da empresa[1], que é apoiada pela Microsoft, o GPT-4 obteve 298 pontos no exame. Com esta nota, a inteligência artificial ficaria com uma nota superior a 90% dos outros candidatos.
Com isso, tenho uma boa e uma má notícia para você. Continue a leitura e saiba o que isso tem a ver com a sua advocacia hoje.
A má notícia: advocacia tradicional está com os dias contados
Em janeiro de 2023, nos deparamos com o caso do “primeiro robô advogado do mundo”[2], inteligência artificial criada pela empresa DoNotPay suficientemente qualificado para aconselhar pessoas em audiências judiciais.
A tecnologia já está presente no Direito em automações para busca de publicações no Diário da Justiça, para gestão de prazos e processos, para protocolo de petições, dentre outros, já fazem parte da nossa realidade.
A tendência é que, muito em breve, diversas atividades jurídicas, como protocolo, peticionamento, busca de jurisprudência, emissão de certidões, etc., passem a ser realizadas pela inteligência artificial.
Portanto, os advogados que trabalham exclusivamente com tarefas mecânicas e não possuem visão estratégica estão com os dias contados.
A boa notícia: é possível utilizar a inteligência artificial a seu favor
Em vez de enxergar a inteligência artificial como inimiga, pensando em como ela poderá substituir os advogados, o advogado do futuro será estratégico o suficiente para utilizá-la a seu favor, na medida em que a evolução da tecnologia – de forma exponencial – é inevitável.
Afinal, o profissional de excelência, que desenvolve soluções criativas e resolve problemas complexos continuará tendo espaço no mercado.
Um exemplo para começar a utilizar a inteligência artificial GPT a seu favor ainda hoje é na confecção de petições e outros documentos do seu escritório, como procurações, declarações e contratos.
É importante destacar que a ferramenta ainda não é autônoma e precisa ser supervisionadas e interpretadas por humanos e, para isso, precisa ser configurada através de comandos.
Faça o teste e depois volte nos comentários deste artigo para dizer o que achou.
Leia também sobre os impactos da inteligência artificial no direito.
[1] https://openai.com/research/gpt-4
[2] https://www.direitoprofissional.com/advogados-serao-substituidos-por-robos/