5 erros fatais do advogado familiarista em início de carreira

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O Direito de Família é uma área que exige muita sensibilidade e habilidade por parte do advogado. Em casos que envolvem emoções, como divórcios, guarda de filhos e pensões alimentícias, o advogado precisa ter um cuidado ainda maior ao lidar com seus clientes.

Porém, muitos advogados familiaristas em início de carreira cometem erros que podem prejudicar tanto a si mesmos quanto aos seus clientes.

Continue a leitura e conheça 5 erros fatais que você pode estar cometendo na sua advocacia.

1. Não cobrar consulta

Muitos advogados iniciantes pensam que não cobrar consulta é uma forma de atrair mais clientes a fecharem contratos. Porém, isso pode prejudicar sua carreira a longo prazo, com a perda de muitas horas trabalhadas e dinheiro investido. Além disso, o cliente que não paga consulta inicial poderá ser problemático para o escritório por não valorizar a sua hora técnica.

Leia sobre a importância de cobrar consulta.

2. Cobrar honorários apenas no êxito

A prestação de serviços jurídicos é uma obrigação de meio, não sendo possível o advogado prometer qualquer resultado. Assim, cobrar honorários somente quando o cliente ganhar a causa é uma péssima ideia, pois você pagará para trabalhar anos e anos a fio com o risco de nunca receber tais valores. Esse risco tão elevado pode acarretar a desmotivação do advogado para atuar no caso, podendo vir a prejudicar o direito do cliente.

3. Se envolver emocionalmente com o problema do cliente

É importante que o advogado familiarista saiba seu lugar e seu papel enquanto profissional. Se o advogado se envolve emocionalmente com a demanda, corre o sério risco de prejudicar o direito do cliente e a si mesmo. Portanto, a inteligência emocional é uma habilidade essencial para gerir conflitos familiares.

4. Prestar serviços fora do contrato

É comum que demandas em Direito de Família sofram diversos desdobramentos, podendo acarretar em novos conflitos e processos. E o advogado precisa ser muito claro com o cliente sobre quais serviços estão sendo contratados e quais não estão, sob pena de ser “engolido” com diversas demandas novas sem qualquer freio, o que pode gerar, até mesmo, um estímulo à litigância.

5. Não tratar a advocacia como um negócio

Muitos advogados familistas se escondem no discurso da advocacia humanizada, personalizada e artesanal para evitar tratá-la como realmente é: um negócio. Apesar do Direito de Família ter, sim, todas essas características, a advocacia é uma atividade profissional como qualquer outra e precisa ser tratada como um negócio. O advogado precisa ter visão estratégica para alavancar sua carreira: saber cobrar pelos seus serviços, estabelecer horários de atendimento, criar protocolos e rotinas de trabalho, realizar gestão financeira, etc.

Esses são alguns dos erros mais comuns cometidos por advogados familiares em início de carreira. É importante estar atento a essas armadilhas para que se possa ter uma carreira sólida e ser um familiarista de sucesso.

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Amanda Gomes
Advogada, Professora e Palestrante. Especialista em Direito de Família e Sucessões. Mestranda em Direito na Ambra University (EUA), com foco em Resolução de Conflitos. Atualmente, exerce os cargos de Presidente da Comissão de Família e Tecnologia do Instituto Brasileiro de Direito de Família – Seção Ceará e de 2ª Vice-Presidente da Comissão de Direito de Família da OAB/CE.