A Marca em Escritório de Advocacia

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A administração está cada vez mais presente nos escritórios de advocacia, o escritório de advocacia passa a ser visto por um gestor, assim com uma breve exposição pretendo apresentar traços de que uma marca pode fazer a diferença.

A reluta de escritórios para permanecerem nesse mercado cada vez mais competitivo impõe com que os gestores apliquem práticas da administração, assim, passam a inovar e criar alternativas capazes de fomentar o negócio.

É sabido que o escritório de advocacia por si só tem a sua própria marca, entretanto essa marca está vinculada em ser um profissional, e assim segue vários profissionais com seus escritórios que sequer pensam em criar uma identidade visual para se destacar no mercado.

Quando se fala em mercado há uma enorme repulsa por parte de juristas em aceitar que a advocacia atual no Brasil é para obter lucro, esquecendo que para a permanência do escritório é necessário arcar com despesas e custos.

Ao olhar a advocacia como um negócio, torna-se necessário uma dedicação para criação de ideias, esta que por sua vez exige a criação de uma identidade visual, que faça sentido para o (pré)cliente e que possa ser compartilhada de forma imperceptível por quem a vê.

Falar em uma identidade visual inclui não apenas o nome que será designado ao escritório, mas também o brasão (emblema) que deverá fixar em seu escritório, alguns profissionais aduzem a desnecessidade de incluir um brasão, mas discordo.

Explico, a criação de um brasão demonstrará que você é exigente, que o seu trabalho possui um mínimo de estética, e por mais sútil que pareça, esse brasão apresenta que o escritório possui profissionais com uma linguagem aceitável e por isso está no mercado, e é isto o que o seu (pré)cliente procura, um escritório de advocacia que lhe apresente condição capaz de solucionar o seu problema com qualidade.

Depara-se com uma problemática em que várias pessoas ficam se perguntando sobre o que tem a ver a solução do problema do cliente com a marca, apesar de que o problema do cliente dependerá de análise própria para encontrar a melhor alternativa para solucionar o problema, a marca que estou a te apresentar ajudará você a ser contratado e reconhecido, e que na hora que o seu (pré)cliente optar em quem contratar, ele possa te escolher.

Veja-se que a criação da marca é praticamente a base primordial do escritório, pois demonstra ser um profissional detalhista, assim para que essa identidade visual seja possível é preciso ser mais do que um profissional com conhecimento, é necessário saber padronizar textos, criar um estilo próprio que te diferencie dos demais escritórios.

Vamos por parte, pode parecer confuso dizer que a marca também esteja atrelada a documento profissional, embora pareça ser uma necedade quando se lê que é necessário padronizar texto, mas veja que a estética de um documento profissional é o que o (pré)cliente, o juízo e a parte contrária do litígio exige do profissional, têm-se muitos casos em que o conteúdo de um trabalho, profissional ou científico, está ruim, mas a estética está perfeita, tem-se a aceitação melhor por quem o vê/lê.

Repare, que ao entregar um documento qualquer a alguém e esse documento se encontra fora de padronização, por exemplo: desalinhado, possui demasiado espaçamento entre as linhas, sem numeração, a nota de rodapé está distorcida e entre outros. Nota-se claramente de quem está recebendo um certo desconforto, possível até de imaginar que o receptor pense que você não sabe o que está fazendo, e aqui ocorre a ligação entre a sua imagem e profissionalismo.

E aqui destaco, para criar uma marca é necessário que faça primeiro a sua estética, um padrão de formatação de texto, para que somente após disso assim possa refletir sobre o nome que irá designar ao escritório e o brasão, pois são os resultados dessas imposições que fará ter a sua imagem profissional.

Antes de concluir, quero lhe dizer que você já vem criando e formatando textos desde o início de sua graduação, e se não percebeu sempre passou seguindo um padrão, sendo a ABNT, ABNT2 ou APA, porém em cada instituição se tem um modelo/regra para padronizar os trabalhos, entretanto, há vários escritórios que sequer se atentam a estética do documento, prejudicial ao exercício profissional.

Por fim, observamos que a advocacia no Brasil evoluiu, pois a tecnologia puniu os que não se atualizaram, o escritório reconhecido por aquele advogado de cabelos brancos, apenas com o nome na porta e no seu ambiente uma estante de livros a mostra, uma máquina de datilografar, esse não existe mais, e caso ainda exista e persista, a fatia de mercado no Brasil será cada vez mais reduzida, até zerar por completo.

Veja alguns lições de gestão de Escritório de Advocacia nos EUA.

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Julio Praseres
Bacharel em Direito pela Ambra University, Bacharel em Administração pela Faculdade de Educação de Jaru – UNICENTRO, Pós-Graduado em Gestão Pública pela Universidade Católica Dom Bosco, Pós-Graduado em Direito Penal e Docência no Ensino Superior pela Faculdade Dom Bosco, Mestrando em Master of Science in Legal Studies (ciências jurídicas), atua como instrutor de Gestão no Senai/RO.