Quais são os desafios e as conquistas da mulher advogada no Brasil?

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As conquistas femininas no campo profissional são, sem sombra de dúvida, surpreendentes. Ser dona de casa já não é a única opção, especialmente para as mulheres casadas, passando a ser apenas mais uma possibilidade. Mas o que dizer da mulher advogada? O que vem acontecendo nos últimos anos para aquelas que decidiram fazer do Direito a sua profissão?

O número de mulheres que escolhem a carreira de advocacia vem crescendo a cada ano no Brasil. Se considerarmos que, até alguns anos atrás, essa era uma profissão quase exclusivamente masculina, é possível afirmar que houve, sim, uma evolução. Entretanto, há alguns desafios que ainda são exclusivos para elas.

Se você deseja entender isso melhor, preparamos este post especial sobre o assunto. Continue lendo!

O contexto histórico das mulheres na advocacia

A primeira brasileira a se formar em Direito foi Myrtes Gomes de Campos, em 1898, e a primeira juíza foi Auri Moura Costa, em 1939. Se levarmos em conta que a primeira turma de Direito a se formar no Brasil concluiu seus estudos em 1823, fica fácil perceber quanto tempo levou para que elas conquistassem esses espaços.

Hoje, diversos cargos importantes já são ocupados por mulheres advogadas. Na política, por exemplo, temos a ministra Laurita Vaz, ex-presidente do Tribunal Superior de Justiça e primeira mulher a ocupar esse cargo; Carmem Lúcia, ministra do Supremo Tribunal Federal; Grace Mendonça, que ocupou o cargo de Advogada-Geral da União na gestão de Michel Temer; e Raquel Dodge, que já foi procuradora-geral da República.

Certamente, existem muitas outras anônimas que têm papel importante no sustento de sua família, exercendo essa profissão. Ainda assim, você já parou para comparar esse número com a quantidade de homens que se estabeleceram nessa carreira?

A luta pela igualdade no mercado

Embora elas ocupem as cadeiras da universidade e se esforcem para conciliar trabalho e estudos tanto quanto eles, os desafios ainda são maiores para as mulheres que decidem se tornar advogadas. É como se houvesse algumas exigências exclusivas para aquelas que “ousam” adentrar esse mundo.

Podemos citar inúmeros exemplos de desafios que as mulheres precisam enfrentar em situações que, para os homens, tudo fluiria naturalmente. Quer ver?

Resistência masculina

Você se lembra da Myrtes Gomes de Campos, que citamos acima? Ela só conseguiu o certificado exigido para exercer a profissão 8 anos depois de se formar. E não se trata aqui de dificuldades para passar em uma prova — o exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) nem existia a essa época. Na verdade, ela precisou vencer a resistência masculina em aceitar uma mulher na profissão.

Carreira X maternidade

Muitos escritórios contratam até mais mulheres do que homens advogados. Mas, quando comparamos a importância dos seus cargos, eles se tornam sócios e atuam nas causas de maior importância. Algumas, quando retornam da licença maternidade, são inferiorizadas em seus locais de trabalho e acabam ficando estagnadas na carreira.

Oportunidades de networking

Homens advogados fazem networking com a “galera do futebol de sábado” e vivem marcando almoços de negócios com potenciais clientes. Já as mulheres, além de não circularem em certos ambientes, ainda correm o risco de ser mal interpretadas caso convidem um cliente para um café.

Aparência X competência

Quando uma mulher advogada entra em cena, não são apenas os seus conhecimentos que se tornam objeto de análise. A sua aparência, o seu cabelo, a sua bolsa e o comprimento da sua saia também são levados em conta, como se fossem itens decisivos para mensurar a sua competência profissional.

Bom, apesar de todos esses desafios, a mulher advogada continua, a cada dia, conquistando o seu espaço. Hoje, podemos dizer que a proporção de homens e mulheres no Direito está praticamente equiparada. Ainda assim, a luta por reconhecimento e igualdade precisa continuar.

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