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A partir de 2015, com o objetivo de diminuir os processos nos tribunais, o meio jurídico passou a enxergar os meios alternativos de solução de conflitos como a melhor solução para que a demanda fosse reduzida. Nesse novo cenário, os benefícios da mediação de conflitos começaram a chamar a atenção, e a área recebeu incentivo forense para essa via fosse mais utilizada, contribuindo para desafogar o Poder Judiciário.
Com isso, o mercado para profissionais especializados nesse setor se expandiu muito nos últimos anos, abrindo um nicho muito interessante para os advogados — em especial aqueles que desejam atuar diretamente na defesa de processos.
Ainda tem dúvidas se realmente vale a pena investir nessa área? Confira o artigo que preparamos sobre esse assunto e veja os principais benefícios dessa prática!
Como funciona a área de mediação de conflitos?
A mediação é um método de resolução de conflitos extrajudicial. Nela, o mediador — que é uma pessoa não envolvida no conflito — auxilia as partes na autocomposição de um acordo. Assim, ele atua como um facilitador para a interação e o diálogo entre os envolvidos, sem sugerir a forma de resolução.
Por isso, o ramo da mediação é excelente para evitar os desgastes decorrentes da demora processual e os gastos com as custas judiciais. Ela consegue auxiliar na finalização de desavenças que acabaram tomando grandes proporções pela ausência de diálogo.
Dessa forma, é um método que pode ser utilizado para resolver impasses de diferentes naturezas, sempre que a solução possa ser alcançada pela comunicação e pela autocomposição. Trata-se de uma área de atuação bastante ampla, pois pode ser usada em conflitos que envolvam relações de consumo, contratos, bancos e financeiras, entre outros.
Qual é a diferença entre mediação e conciliação?
Tanto a mediação quanto a conciliação são métodos alternativos de resolução de conflitos, por meio dos quais as pessoas físicas e jurídicas podem resolver os seus problemas extrajudicialmente, sem necessidade de entrar com uma ação judicial. Ambos envolvem a intervenção de profissionais neutros e imparciais.
Contudo, enquanto o mediador atua apenas como um facilitador, o conciliador sugere ativamente soluções e possíveis acordos. Dessa forma, a mediação é mais indicada nas situações que envolvam desentendimentos mais profundos, quando as partes estão emocionalmente envolvidas.
Nesse caso, é extremamente benéfico ajudar a restaurar a confiança e o relacionamento entre os envolvidos no conflito. Já a conciliação é indicada em conflitos menos complexos, nos quais as partes não tenham nenhum relacionamento anterior. Assim, o principal interesse é a resolução dessa questão pontual.
Quais são as perspectivas para a atuação de mediador no Brasil?
Assim como ocorreu em diversos países, a mediação de conflitos vem traçando uma trajetória ascendente no mercado jurídico brasileiro. É uma área que começou a ganhar destaque no Direito de Família, mas que, atualmente, vem crescendo no setor empresarial. A cada dia se populariza mais, não somente entre o público, mas também entre os operadores do Direito.
Existem muitas entidades públicas e privadas que oferecem esse tipo de serviço, e o número só aumenta. Por isso, as perspectivas são bastante positivas para os advogados que desejam se especializar como mediadores. Embora investir em uma nova área possa parecer arriscado, a chance de conquistar um mercado diferenciado é real e um importante motivador.
Assim, a mediação é uma área que apresenta diversas vantagens, seja devido à velocidade do procedimento, seja devido à efetividade da solução e aos custos reduzidos. Toda essa agilidade também leva a um retorno financeiro mais rápido para quem atua no setor, o que torna o ramo ainda mais atraente!
Quais são os 6 maiores benefícios de investir nessa área?
Além do cenário otimista, o setor apresenta diversas vantagens. Conheça os 6 principais benefícios de atuar com mediação de conflitos!
1. Área de atuação ampliada
É natural para quem busca formação em Direito direcionar o olhar para as áreas mais tradicionais de atuação, mas a mediação pode trazer uma nova visão sobre a condução dos processos. Nesse sentido, é preciso se desfazer do pensamento comum de que advogados “partem para a briga” ao assumirem os processos.
Pelo contrário, o mediador tem a função de conciliar os desejos tanto de quem pediu reparo quanto de quem foi impelido a fazê-lo. Essa medida acaba por beneficiar a todos, pois traz a solução do problema de forma mais ágil e menos desgastante. A prática não elimina a advocacia tradicional, mas traz um diferencial importante para quem enfrenta um processo, seja de qual lado estiver.
2. Tempo otimizado
Esse talvez seja um dos principais benefícios da mediação de conflitos, pois, ao resolver os processos de forma mais ágil, você terá mais tempo para se dedicar a outras ações, ou mesmo a outras atividades, sejam profissionais, sejam pessoais.
No momento atual, em que o tempo tem um valor precioso, observamos a necessidade de celeridade em diversos campos. Nesse sentido, a mediação adquire um papel importante, pois “encurta” o tempo para determinada ação, otimizando o trabalho.
3. Maior remuneração
O profissional mediador tem uma habilidade muito comemorada no meio jurídico, que é a de intermediar uma situação, evitando o litígio. Ou seja, ele sabe como agir sem se deixar influenciar pelas partes, o que o torna desejado pelo mercado.
Além de resolver mais processos — já que a mediação proporciona um encerramento abreviado para o caso —, o profissional pode agregar mais trabalhos a sua pasta, gerando maior rendimento. Um profissional especialista da área geralmente tem um valor diferenciado, que pode levar a altas remunerações em algumas atuações.
4. Diferencial competitivo
A cada ano, mais profissionais de Direito entram no mercado de trabalho. Com tanta oferta de serviços jurídicos, é fundamental se destacar. Para isso, nada melhor do que fazer o que poucos sabem. Nesse cenário, a medição de conflitos oferece um diferencial competitivo ao advogado.
Além de seu caráter promissor, a atuação como mediador demonstra que o profissional se mantém atualizado, acompanhando as novas tendências do setor jurídico.
5. Melhor desenvolvimento profissional
A função de mediador exige habilidades profissionais específicas. Mas, além disso, espera-se que os profissionais que atuam na área cultivem algumas qualidades essenciais para a função, como poder de persuasão, paciência e capacidade criativa para solucionar conflitos.
Assim, a necessidade de lidar com diferentes perfis de pessoas, de forma calma e respeitosa, oferece uma experiência única em relações humanas que contribui para o desenvolvimento pessoal e profissional do advogado que atua com mediação. A partir dessas vivências, ele se torna mais apto a lidar com confrontos em diversos setores da vida.
6. Versatilidade
A atuação como mediador não impede que o advogado atue de forma convencional, em ações judiciais (proibido apenas de atuar na Vara onde exerce a função de mediador). Assim, acrescentar a mediação ao seu rol de atuação contribui para a sua formação versátil, com múltiplas capacitações. Além de proporcionar outra fonte de renda, essa atividade agrega valor ao currículo como um diferencial competitivo.
Percebeu como os benefícios da mediação de conflitos podem ser uma grande sacada profissional dentro da advocacia? Então comece agora mesmo a procura por cursos que podem ajudá-lo a promover uma arrancada profissional. Para se destacar ainda mais em relação aos demais profissionais, considere cursar um mestrado em mediação e solução de conflitos.
Se interessou pelo assunto e quer saber mais? Então conheça 5 passos para aplicar o Brainstorming na mediação de conflitos!