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Amanda Gomes
Durante a faculdade de Direito ou mesmo após o recebimento a carteira da OAB, é comum as pessoas disseminarem quais áreas de atuação “dão dinheiro”. Fala-se em Direito Tributário, Direito Empresarial, Direito Imobiliário, mas raramente ouve-se falar do Direito de Família como uma área rentável.
Em verdade, há quem diga expressamente que “advogar em Direito de Família não dá dinheiro”. Primeiramente, é importante ressaltar que nenhuma área do “dá” dinheiro, mas, sim, remunera conforme os serviços prestados. Portanto, não existem fórmulas mágicas de enriquecimento em um trabalho lícito.
Todas as áreas do Direito podem ser rentáveis se houver uma estratégia adequada. O Direito de Família, no entanto, pode ser uma das áreas mais rentáveis da advocacia, sendo possível observar um crescimento exponencial da demanda ao longo dos últimos anos e poucos profissionais ainda exploram esse mercado especializado.
Continue a leitura e descubra a rentabilidade por trás da advocacia em Direito de Família.
Cases de sucesso
Inicialmente, para desmistificar essa crença, veja alguns exemplos de profissionais bem-sucedidas internacionalmente nessa área:
1) Laura Wasser: considerada a “rainha do divórcio de Hollywood”, já tendo representou Kim Kardashian, Angelina Jolie, Britney Spears, Johnny Depp, Christina Aguilera, Scarlet Johansson, etc.
2) Ayesha Vardag: considerada a “diva dos divórcios” do Reino Unido, já representou príncipes do Catar, milionários malasianos, magnatas dos negócios, jogadores de futebol, celebridades, membros da realeza, etc.
Imagine se essas mulheres, no início de suas carreiras, tivessem seguido a mentalidade de manada? Certamente não teriam construído o império que hoje possuem.
Mercado pouco explorado
Segundo a Revista Veja de São Paulo, em matéria originalmente lançada em 2009 e atualizada em 2016, abordou o tema “Advogados especializados em casos de família”, cuja chamada dizia que “dos 5.600 escritórios de advocacia da cidade, apenas duas dezenas se dedicam exclusivamente a separações e divórcios, contratos de casamento, ações de investigação de paternidade ou planejamento sucessório para empresários.
Alguns são comandados por estrelas do direito que cobram de 20.000 a 60.000 reais por uma defesa”.
Esta matéria trouxe, à época, uma demanda já latente no Brasil, demonstrando que poucos escritórios atuavam de forma especializada no Direito de Família, de forma que, em razão da escassez, os profissionais do meio viviam “se esbarrando” nos corredores dos fóruns e poderiam cobrar honorários acima da média de mercado.
Crescimento exponencial da demanda
Com o advento da pandemia em 2020, é possível observar um crescimento exponencial da demanda nesta área. A Revista IstoÉ Dinheiro trouxe, em 2021, matéria intitulada “Número de divórcios cresce na pandemia e gera oportunidades de negócio”.
De acordo com a últimas estatísticas de registro civil do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, datadas de 2020, foram 2.678.992 nascimentos, 757.179 casamentos, 331.185 divórcios e 1.510.068 óbitos. Perceba que sequer foram contabilizadas as uniões estáveis.
Além disso, estima-se que, entre os anos de 2020 e 2021, foram 327.806 recém-nascidos sem pai registrado na certidão de nascimento.
Portanto, a advocacia especializada em Direito de Família é uma oportunidade de negócio que se apresenta como uma tendência mundial.
A despeito das sazonalidades, é fato que todos os dias há pessoas nascendo, morrendo, casando e separando. E em todas estas etapas o advogado da área de Direito de Família é uma peça-chave, podendo prestar seus serviços de assessoria jurídica.
Assim, além da advocacia familiar ser um excelente business, o profissional que se especializa no ramo possui a recompensa inestimável de auxiliar inúmeras famílias em momentos decisivos de suas vidas.
Alguns pontos são fundamentais para um bom advogado, inclusive àquele que atua com direito de família. Confira o nosso texto sobre inteligêngia emocional. Ele será de grande ajuda.