4 dicas para ser um Mediador Imparcial

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A mediação é uma forma de resolução de conflitos da qual participam as partes interessadas e uma terceira pessoa. E esta deverá orientar-se pelos princípios da mediação.

Em vez de dar a solução, o mediador tem a função de facilitar a comunicação entre as partes para que elas mesmas cheguem, com base em suas convicções, a uma solução para o caso discutido.

É imprescindível que o mediador atue de forma imparcial, pois, do contrário, poderá interferir negativamente no processo.

A seguir, veja 4 dicas valiosas para fazer uma mediação adequada:

1. Conhecer o código de ética

O primeiro passo para ser um bom mediador é conhecer bem o código de ética, documento que prevê uma série de orientações, por exemplo, a forma como o mediador deve se portar, ao ser nomeado, em frente às partes e em relação ao processo.

Além do mais, a norma elenca os princípios fundamentais que o profissional necessita observar, dentre eles, a imparcialidade, a credibilidade, a competência, a confidencialidade e a diligência.

2. Ter autocontrole

É importante que o mediador não tome as dores das partes, já que, conforme dito neste artigo, trata-se de um terceiro imparcial. Portanto, deve sempre manter o seu equilíbrio emocional diante dos envolvidos no processo de mediação.

Nesse sentido, mesmo que sinta que a decisão tomada não é a mais adequada, não pode manifestar seu descontentamento, pois um dos fundamentos da mediação é justamente a autonomia das partes.

Ademais, deve ser prudente e diligente, observando com atenção todos os atos praticados, para assegurar um bom resultado, além de demonstrar confiança aos envolvidos, pois, do contrário, estará destinado ao insucesso.

3. Entender a lei

O mediador precisa ter um bom conhecimento sobre leis, pois deve verificar se é possível fazer uso da mediação no caso concreto, bem como se todos os envolvidos são capazes, tudo de acordo com os regramentos legais.

Ainda, é sua responsabilidade explicar às partes qual o papel de cada uma no processo de solução consensual, demonstrando também a atribuição que tem o mediador e o modo como o procedimento deve seguir.

Da mesma forma, deve deixar claro quais são os princípios fundamentais, previstos em lei, que orientam a mediação, fazendo com que eles sejam devidamente observados.

4. Ouvir todas as partes envolvidas

Escutar atentamente o que dizem os envolvidos é um dos elementos mais importantes do processo de mediação, porque é a partir dos relatos que o mediador deverá traçar estratégias eficientes para conduzir as partes à melhor solução para o caso discutido.

No entanto, mesmo que o mediador tenha firmado sua própria convicção, ele não deve, em hipótese alguma, manifestá-la, pois o objetivo da mediação é que as próprias partes reavaliem suas condutas e construam, juntas, a melhor solução.

Para finalizar, cabe enfatizar que o desfecho da mediação sempre dependerá da atuação do mediador. Por isso, é importante que a pessoa encarregada da função trabalhe com uma conduta pautada na ética e na moral e desenvolva boas técnicas de negociação.

Ademais, deve-se destacar que a observância rigorosa dos princípios da mediação — esta atividade essencial à solução consensual de conflitos — proporciona a obtenção de resultados positivos para o processo.

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